HIGH SPEED PRODUCTIONS, INC. – ARQUIVO – INDUSTRIA DO SKATEBOARD
Fundada por Eric Swenson e Fausto Vitello (dois dos fundadores da marca Independent Truck Company) em 1981, San Francisco Califórnia – EUA, a editora High Speed Productions, Inc. é uma das principais responsáveis por transformar o skateboard de um simples hobby, para um dos esportes mais praticados do mundo e por tornar-se, reconhecidamente uma das maiores representantes da cultura underground e seu estilo de vida. Sendo ela responsável pelas revistas: Thrasher Skateboard Magazine, Slap Magazine e Juxtapoz Art & Culture Magazine.
A High Speed Productions veio como uma resposta a necessidade de evidenciar o mundo do skateboard, para as demais pessoas da sociedade, que naquele momento acompanhavam de perto sua evolução, com o surgimento das rampas e inovadoras manobras do recém surgido estilo-livre. E que, sob o delicado processo de mutação da indústria e do próprio skate, criaria a Thrasher Skateboard Magazine, uma revista que viria de uma simples ideia publicitária, para tornar-se a mundialmente reconhecida, principal ativista/revista de Skateboard e das chamadas contra-culturas, em circulação até os dias de hoje; sendo uma verdadeira “sobrevivente do inferno”.
THRASHER SKATEBOARD MAGAZINE
Algo que todos entendem como senso comum para o skate, é que ele pertence a um universo caótico que carecia de uma força guiadora, para que seus praticantes se encontrassem e direcionassem sua criatividade, e ao longo de muitos anos a Thrasher Skateboard Magazine tem sido esta força!
Criada em 1981 na cidade de São Francisco Califórnia – EUA, por Fausto Vitello e Erick Swenson pela necessidade de evidenciar o skate, em prol do aumento de sua popularização durante o grande “boom” das rampas; que abrilhantou o esporte durante a transição da década de 70 para 80. A “febre” das rampas fora responsável por lançar diversos jovens para dentro do seu universo do skate, tornando-os celebridades que inspiravam pelos vôos de suas novas manobras, representando toda a vivacidade que o esporte poderia proporcionar, e nesta nova era, a revista Thrasher fora criada para acompanhar seus eventos e crescer junto ao skate, assim como faz até hoje.
Porém, para entender melhor como a revista adquiriria tamanha representativa, como a vemos nos dias de hoje, devemos ter em mente que um simples resumo não a explicaria em toda sua complexidade, e compreender o “turbilhão” de mudanças que assolou os tempos de sua criação, que alteraram profundamente não só a sua essência, mas também o esporte como um todo.
Para compreendê-la mesmo que superficialmente, há uma necessária reflexão sobre a retrospectiva do desenrolar da sociedade na década 80. E confrontar seus fatos, com os eventos da metamorfose sofrida pelo skate para ver o “porquê” de seu propósito inicial, nem de longe, transparece a verdadeira história do que a Thrasher Skateboard Magazine viria a se tornar.
O Skate:
Entre meados dos anos 70 e inicio dos 80, o skate havia sido sucessivamente revolucionado:
- A criação das rodas de uretano por Frank Nasworthy
- Implementação das rodas com rolamentos de precisão, criada pela Road Riders Wheels
- O surgimento das primeiras manobras de “surfing” praticadas no skate, cuminantes na criação da modalidade vertical, ovacionada pela infinita gama de possibilidades geradas por suas novas manobras.
- E a criação da derradeira manobra que tornaria o skate irreconhecível, o Flatground ollie de Alan Gelfand.
Todas essas mudanças demandaram uma profunda renovação do esporte, não só da prática, mas também de suas peças, já que todos estavam migrando para estas novas tendências, gerando com isso um novo “boom”. Porém, muito embora todo o alvoroço causado, tenha facilitado a visibilidade do skate, gerando uma grande onda no mercado e inclusive a criação da própria revista Thrasher, ele também teve seu lado prejudicial.
Simultaneamente, estas novas práticas não tornavam o skate mais “acessível”, o skate estava cada vez mais seletivo devido a grande carência de pistas ou locais públicos que possibilitasse sua nova forma de prática. Apenas poucos grupos tinham condições de ter suas próprias rampas, gerando uma grande sensação de ansiedade e insatisfação aos seus praticantes, o que voltou a guiar o esporte a caminhos “mal-vistos” como na década de 60, onde sua prática era desestimulada pela sociedade.
Já em meados dos anos 80, muitos dos skatistas viam-se perdidos, quando encontraram o surgimento do novo estilo de “freestyle”, exibido no solo pela lenda Rodney Mullen, que transfigurou o skate e sua modalidade Street.
Desta forma, “pressionados” pela explosão eletrizante de novas manobras que eram lançadas, com a carência de locais apropriados para sua prática, somados ao “espírito livre” e desafiador do skate, seus praticantes foram impulsionados para as ruas, em busca de locais que possibilitassem sua evolução no esporte, o que causou grande tensão com as políticas públicas praticadas na época.
O Fator Social dos EUA:
Os EUA encontravam-se em tempos difíceis, com altíssimo nível de tensão social interna e externamente, devido ao prolongado desgaste emocional e econômico, causado por conflitos (Guerra do Vietnã, que durou de 1955 até 1975). A retomada do país no foco da corrida armamentista, que mobilizou grande parte dos recursos econômicos do país exaurindo-o, junto às pressões comerciais externas imposta pelo mercado internacional, gerou-se uma grande instabilidade interna, obrigando os EUA a reduzir os recursos voltados para o bem-estar social.
Todos estes elementos foram atirados em uma panela de pressão prestes a estourar, até que então, a influência de uma teoria sócio-política chamada de “Janelas Quebradas” publicada em 1982, trouxe a tona a política de “tolerância zero”, elevando o grau de repressão de qualquer ato tido como “minimamente ofensivo”, a niveis altissimos. Transformando o cenário da prática do skateboard para sempre.
A Thrasher:
Neste contexto, o skate era visto pelas entidades públicas e igualmente pela sociedade, como um ato de vandalismo que não seria tolerado, colocando seus praticantes a “margem” da lei, o que deu início a uma verdadeira “caça às bruxas”. A repressão era brutal e levou a grande maioria de seus praticantes a abandoná-lo, devido a violência envolvida em sua contenção, sendo assim, não haveria espaço para que a Thrasher se torna-se uma revista convencional, então ela deu voz ao seu público, a quem eles eram de fato “ de skatistas para skatistas”.
Medida de tolerância zero abarrotou as cadeias americanas, causando quase a extinção do esporte na década de 80, tornando os poucos praticantes que ainda resistiam, em verdadeiros “sobreviventes do Inferno”. Durante uma entrevista, perguntado sobre a relação do esporte e a criminalidade na época, Fausto Vitello (criador da revista) respondeu ao entrevistador da Raw Footage: “O skate era um crime!”; e de fato era!
Nas palavras da lenda do street Mark Gonzales (um dos sobreviventes) “Use a skate go to prison!”, reforça-se a afirmação de Vitello e a seriedade dos eventos que ocorreram, tratando-se de um simples resumo tão literal dos fatos, que tornou-se um dos muitos “slogan” que a revista Thrasher adotaria para si; eternizando-a em sua camiseta.
O esporte foi do sublime para ser atirado “sarjeta”, onde lá, encontrou e aproximou-se de uma maneira quase inseparável de outros movimentos oprimidos, o Punk e o Hip Hop. Que adquiriram IMENSA importância e representatividade no âmago do esporte, que transfigurou a cara dos praticantes do esporte durante décadas.
Englobado por estes movimentos de revolta, o skate adotou uma resposta rápida em prol de sua luta por existência, adotando características peculiares da influência de cada um dos movimentos. Do movimento Punk o skate assumiu sua rebeldia, do Hip Hop sua irmandade e cumplicidade, absorvendo o éthos dos movimentos, tornando-se uma irmandade anárquica em busca de sua própria sobrevivência, nascendo desta relação o surgimento do mantra “Skate And Destroy”, idealizado por Vitello e posteriormente exercido empiricamente por Jake Phelps.
Michael Brooke autor do livro The Concrete Wave, enfatiza o espírito selvagem e até mesmo agressor da revista em uma entrevista “A revista Thrasher teve seus detratores […] Fausto e Thrasher não tiveram nenhum problema em ser muito – como posso dizer? – macabro. Há palavrões; há um lado violento nisso. Há muitos pais que proíbem seus filhos de lerem a Thrasher”.
Inúmeras gangues de diversas origens, que partilhavam suas revoltas e ideais de reivindicações, ao mesmo tempo que também disputavam seu espaço, rivalizando entre si mesmo. A hostilidade das gangues dividiam as cidades e seus bairros em territórios, sendo este cenário retratado pelo filme Thrasin’ de 1986; primeiro filme a contar com verdadeiros skatistas em seu elenco.
Transportando os eventos deste clima caótico para mais próximo de nossa realidade, no Brasil a repressão ao esporte adquiriu seus reflexos e ganhou grandes proporções, sendo inclusive um de seus marcos, a proibição da prática skate em TODO O TERRITÓRIO da cidade de São Paulo, no ano de 1988, pelo então prefeito da época.
Durante todo este processo de marginalização do esporte, a Thrasher tornou-se algo além do que uma mera revista esportiva, ela tornou-se a voz dos que sofriam, o grito dos que resistiam e simbolizou a essência do próprio skate!
Até os dias atuais, como a principal perturbadora do status-quo social, a Thrasher Magazine foi abraçada por diversos gêneros e estilos que compartilham dos estigmas do skateboard, e que hoje se unem pelo seu direito de existirem, sendo o foco da contra-cultura, o Urdegroud. E na mensura da importância desta marca nenhum pouco convencional, o grandioso Jake Phelps dizia:
“As melhores pessoas que conheci foram skatistas. Você anda de skate, eu ando de skate – e isso é ótimo. Mas nós já vimos isso com outros casos – seja o Voguing do Harlem da cena Drag Ballroom nos anos 80’s, os Cornrows e até mesmo a comunidade sneaker – subculturas estão cada vez mais se tornando a cultura comum. E quando isso acontece, também se torna cada vez mais crucial reconhecer e engajar-se com suas raízes, e qualquer uma de sua nuances que estejam à mão. Culturalmente, nos amamos skateboard quando Lil Wayne e Rich the Kid mostram eles em seus vídeos, mas odiamos o ato real: que foi apenas uma maneira estilosa de se colocar em perigo.
A Thrasher é importante porque ela oferece um ideal do que um skatista deveria ser – engenhoso, resiliente, chocante – e a Thrasher glorifica a luta física e mental, envolvida em se andar de skate. Então finalizando, usar a camiseta da Thrasher enfatiza a luta do skatista. E assim como a própria premiação “Skater of the Year” da revista, você deve ganhar o direito de usá-la.”
Veja a entrevista de Jake Phelps para o site Hypebeast na íntegra, aqui.
A enfatização da luta envolvida no skate mostra-se sempre em primeiro plano em seu trabalho, o skate não vive de apenas momentos gloriosos, muito de sua prática envolve dor, sangue, fraturas, medo e persistência para somente daí, alcançar a superação e a glória, nenhuma destas etapa pode ser puladas. Isso naturalmente afeta a aceitação do mesmo pela sociedade, que sempre julgou seus praticantes como auto-destrutivos, sendo incapaz de compreender a liberdade, superação e arte envolvida em seus movimentos.
O trabalho desenvolvido pela revista Thrasher, tornou-se especializado em evidenciar todos estes aspectos do esporte:
BURNOUT – É um documentário em fotos, feito sobre a vida e a vivência dos skatistas e dos profissionais que os cercam, que teve como seu encarregado de longa data, o fotógrafo sênior da Thrasher Michael Burnett, que iniciou o segmento como um simples blog e nos dias de hoje, teve o segmento “batizado” em sua homenagem.
DOUBLE ROCK – É uma série de vídeos que aborda o desempenho de atletas ou equipes, dentro da pista privativa da Thrasher em São Francisco-CA, a Double Rock skate park, onde os mesmos lutam para inovadoramente destruírem na pista, tudo isso, ao som de um poderoso Rock.
FIRING LINE – Este segmento foca na complexidade e dificuldade do atleta compor, uma linha de manobras em uma filmagem única e contínua, sem cortes, executada em obstáculos naturais da geografia urbana.
HALL OF MEAT – É o segmento que demonstra a entrega do skatista ao esporte, demonstra o mais comum dos fatos de sua vida, a consequência de sua tentativa de auto superação, os machucados, fraturas, sangue e dor que são tão “próximos” para o skate, são demonstrados neste quadro e exaltados igualmente a suas manobras. O esporte adjetivado por sua radicalidade, não se traduz apenas por sua emoção, mas também por sua periculosidade, e aos que o praticam cabe a resiliência mental e física.
SKATELINE – É um breve noticiário sobre o mundo do skateboard, apresentado de maneira extrovertido por Gary Rogers, focado para através das plataformas digitais como youtube, manter todos os adeptos do esporte cientes do que ocorre no dia a dia.
BRU-RAY – Trata-se de uma série de vídeos idealizada pelo grandioso Preston Maigetter, em que a trasher foca em mais um dos aspectos da vida de um skatista profissional, uma boa filmagem! Apelidado de P-Stone e conhecido por sua “mágica” em edições de vídeos, Preston era um dos grandes do mundo do skate que veio a falecer em 2017, sendo ele um dos principais vídeo-makers da revista, responsável por conceituar, filmar, editar e produziu os primeiros vídeos em HD de alta qualidade para a Thrasher, além de ser o detentor de uma monstruosa carreira, envolvendo números absurdos de filmagens, onde todos os grandes atletas já passaram por suas lentes. P-Stone tem seu rosto estampado no logotipo da série Bru-ray, e sua falta foi tão sentida por seus parceiros que a própria revista editou uma matéria memorial, onde todos poderiam se despedir e contar uma história sobre ele, e não somente isso, podemos através da Bru-ray contemplar e entender um pouco mais sobre trabalho, em que este grande skatista dedicou sua vida.
SKATE OF THE YEAR – A premiação mais importante e mais respeitada pela cultura global do skate, não trata-se de uma condecoração de melhor profissional, ou maior habilidade, nem de melhores patrocinadores, mas sim, uma validação de quem melhor representou os ideais de um verdadeiros skatista, sob os olhos da revista Thrasher.
Seus ganhadores foram:
1990 – Tony Hawk; 1991 – Danny Way; 1992 – John Cardiel; 1993 – Salman Agah; 1994 – Mike Carroll; 1995 – Chris Senn; 1996 – Eric Koston; 1997 – Bob Burnquist; 1998 – Andrew Reynolds; 1999 – Brian Anderson; 2000 – Geoff Rowley; 2001 – Arto Saari; 2002 – Tony Trujillo; 2003 – Mark Appleyard; 2004 – Danny Way; 2005 – Chris Cole; 2006 – Daewon Song; 2007 – Marc Johnson; 2008 – Silas Baxter-Neal; 2009 – Chris Cole; 2010 – Leo Romero; 2011 – Grant Taylor; 2012 – David Gonzalez; 2013 – Ishod Wair; 2014 – Wes Kremer; 2015 – Anthony Van Engelen; 2016 – Kyle Walker; 2017 – Jamie Foy; 2018 – Tyshawn Jones; 2019 – Milton Martinez.
A Heelflip Skate Shop é REVENDEDORA AUTORIZADA da Thrasher Skateboard Magazine, e orgulha-se em ajudar a contar essa história!
Thrasher Skateboard Magazine, since 1981 São Francisco Califórnia – EUA. Grupo Highspeed distribuído no Brasil por Drop Family. Ramo: Acessórios e Vestuário para skate.
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SLAP MAGAZINE
Em 1992 a segunda revista da High Speed tem sua primeira edição lançada, nascida no alvorecer da nova era do skate a Slap Magazine traz em si uma visão que vai além das manobras, imergindo seus leitores no que realmente é a vida dos skatistas, na música e a arte envolvida em seu mundo, além das notícias e suas personalidades. Escrita estritamente por skatistas para skatistas, através de uma companhia não corporativa a SLAP encorpa o DIY (Faça você mesmo) estético do skate, enquanto simultaneamente avança os padrões do que uma revista de skate é e deve fazer!
Juxtapoz Art & Culture Magazine
criada em 1994, a Juxtapoz ajudou a definir o que é a Arte urbana Alternativa, e a cultura Underground em si. A revista nasceu com a missão de conectar gêneros como a Arte Psicodélica, Hot Rod Art e Arte de Rua com outros gêneros, mostrando que ambas possuem o mesmo valor, de profunda importância na forma de expressão da sociedade atual.
Embora tenha sido a mais nova das revistas publicadas pela High Speed Productions, ela não é a menos importante, ainda em 2009 a Juxtapoz tornou-se a revista especializada em arte com maior circulação dos Estados Unidos, e ganha destaque entre as outras noticiando diversos eventos e premiações do gênero artístico.
MATÉRIA:HIGH SPEED PRODUCTIONS, INC. – ARQUIVO – INDUSTRIA DO SKATEBOARD
Categoria: Arquivo
Conteúdo: História do grupo e suas marcas
Volume 1 de 6
Última Atualização: 06/01/2020
REFERÊNCIAS:
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